Jorge Sousa: «Árbitro nunca quer ser capa de jornal!»

Jorge Sousa, árbitro n.º 1 na época passada, falou hoje durante o V Congresso Internacional de Futebol, que está a decorrer na Maia, nas instalações do ISMAI. O juiz portuense falou das qualidades necessárias a um árbitro durante 15 minutos, prendendo uma vasta plateia que está à espera da chegada de Luís Figo, que aqui será homenageado.

"Se um árbitro conseguir, perante um treinador ou qualquer outro agente, ser dono do seu nariz, serei muito mais aceite e estará andado meio caminho para que tudo corra bem", referiu sobre a sua postura e experiência.

Sousa, que é árbitro internacional, disse também que hoje o aspecto mais importante da sua preparação é o psicológico. "Podemos enganar os outros mas não nos conseguimos enganar a nós próprios", salientou, convicto de que um árbitro não pode estar em jogo "a arder por dentro".

Segundo o juiz portuense, um árbitro deve estar concentrado mas descontraído e revelou o que costuma dizer aos elementos da sua equipa antes de entrar no relvado: "Meninos, peito feito, vamos a eles, não custa nada, não vamos ter medo".

Depois de confessar que tem "o maior prazer do Mundo em ser árbitro", Jorge Sousa despediu-se declarando que um árbitro "nunca gosta de ser capa de jornal no dia seguinte ao jogo que apitou".