Hermínio Loureiro, presidente da LPFP, garantiu hoje no decorrer de uma "Tertúlia" realizada no Casino da Figueira da Foz a implementação de medidas que visam aumentar as assistências nos espectáculos do futebol.
"Mudança dos horários, transmissões e programação atempada dos programas de competição, são condições essenciais para que os espectadores do futebol possam programar melhor a sua condição de espectadores", defendeu.
Segundo Hermínio Loureiro estas medidas devem ser colocadas em prática já na próxima temporada.
Também no domínio da arbitragem o dirigente anunciou que o "Modelo de Prioridade de Arbitragem" - profissionalização - será testado no início da próxima época.
Durante a "Tertúlia", o dirigente considerou que "em Portugal o futebol é muito valorizado pelos aspectos negativos", mas desafiou outros sectores de actividade a apresentar as mesmas performances da modalidade.
"Para além de termos o Melhor do Mundo, temos jogadores e treinadores nos melhores clubes do Mundo. Isto prova a nossa credibilidade e valor", defendeu.
"Sessenta e quatro por cento dos portugueses gostam de futebol, 22 dos 25 programas mais vistos em termos televisivos são de futebol, 90.000 espectadores são a média por jornada nas competições profissionais", prosseguiu.
Os "clubes pagaram no ano transacto ao fisco 65 milhões de euros, movimentam 35 mil atletas e orçamentam anualmente cerca de 280 milhões de euros", justificou.
"Perante isto que importância tem discutir se o jogador estava ou não em fora de jogo se a falta foi dentro ou fora", questionou Hermínio Loureiro.
Para que o futebol seja valorizado, o presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, considerou importante "alterar mentalidades e comportamentos" entre os quais "dar mais a palavra aos protagonistas, os jogadores", em detrimento dos dirigentes que por vezes "falam muito".
Apesar das críticas, o presidente da LPFP mostrou o seu apreço pelos dirigentes do futebol que apesar da desconfiança com que muitas vezes são olhados "são o protótipo da aventura face às dificuldades que enfrentam na gestão dos seus clubes e nas dificuldades que o próprio futebol cria".
Fonte:Lusa